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Terça-feira, 13 de junho de 2006
Primeiro dia de jogo do Brasil na Copa


A epopéia começa.

Diferentemente de todo o país, a vida na redação de O S. não pára. Nem parou. Workaholics? Não, falta de opção mesmo. Mas, animadoramente, a edição fechou cedo e eu, felicíssima, durante o intervalo do jogo, pude voltar para casa.

Óbvio, amei. Primeiro porém: ruas vazias, nenhum Orfanozinho à vista. Ahhh! É Copa do Mundo. Jogo da Seleção. Baita gol do Kaká. Merece uma volta à casa de luxo. Então caminhei, feliz da vida, até o táxi mais próximo. Lá se foram cerca de 10 reais, assim mortinhos na corrida. Mais mortas, só as ruas. Nem a Lima e Silva honrou a tranqueira habitual.

Chego em casa, ofegante, ansiosa, depois de esperar o mui digníssimo taxista catar os troquinhos por infindáveis segundos. "Meu senhor, o jogo tá rolando. Dá jeito, puxa vida!". Entro em casa, silêncio e escuridão. Estranha sensação, mas não tinha processado a verdade.

E lá vem ela, nua e crua: tinha faltado luz na Cidade Baixa. Sim! A agitadíssima e boêmia Cidade Baixa sem uma pitadinha de energia elétrica para se ver o jogo da Seleção! Inacreditável! Dá-lhe catar um rádio à pilha. Ops, acho que não tem. Mas tinha, um bonitinho da Hello Kitty. Porém, as pilhas não agüentaram 10 minutos. Socorro!!!! Isso parece história do "Além da Imaginação"!!!!

Mas não era. Pois é. Nem adiantava ligar e reclamar para a CEEE. Óbvio que estavam todos – com energia elétrica – vendo o maldito jogo. Maldita luz, que só voltou às 18h30, quando já não tinha mais futebol para se ver.

Maldito jogo, que a Seleção venceu magramente.

Grande dia de estréia da Copa.

Espero que não seja prenúncio para os outros jogos brasileiros.